Essa news é um ode à gambiarra! E também uma reflexão.
O brasileiro transforma chinelo em antena, pallet em sofá, câmara de ar em brinquedo, arame em armação, necessidade em festa.
A gambiarra é uma solução rápida com aquilo que tem. É improviso, mas acima de tudo, se transformou em uma linguagem brasileira.
A primeira vez que olhei pra esse jeitinho brasileiro com outros olhos, foi quando conheci o artista Caô Guimarães, que chama atenção pra isso em suas obras.
Através de um simples registro, ele transforma recursos escassos em crítica visual.
A gambiarra que a gente faz no dia a dia, ele expõe como potência simbólica.
É o “dar um jeito” elevado à arte.
Pra esquentar a discussão: a criatividade que encanta o mundo também tem outro lado. Ela nasce de um improviso doloroso. Ou você acha que quem tem que passar corrente na porta do carro não gostaria de um carro novo e melhor?
Criamos tanto porque faltou. Porque o básico não veio e ninguém resolveu, então a gente tem que resolver com aquilo que está ao alcance.
É lindo e mostra determinação! Mas também cansa, porque ser criativo o tempo todo, principalmente por necessidade, é viver num eterno modo de sobrevivência. Não é que o brasileiro “gosta de se virar”. É que muitas vezes não tem opção mesmo. 😶
Seria lindo imaginar maneiras de manter um país onde a criatividade floresça principalmente por desejo e não por desespero.
Por fim, acabei de lembrar que na segunda-feira estreou na TV aberta a nova série Pablo e Luisão. Meus amigos, isso é das melhores coisas que já aconteceu na televisão brasileira. É um retrato do Brasilsão que se vira com o que tem. Felizmente, esse “o que tem” às vezes nos presenteia com artistas como o
.
EXERCÍCIO CRIATIVO 🧠
Escolha uma gambiarra comum.
Reescreva como se fosse uma inovação patenteada. Tipo: “Sistema modular de climatização via ventilador preso com fita isolante.”
Use a linguagem de manual técnico pra falar da gambiarra. 🤓
PERGUNTA FIADA 🍍
Que gambiarra você lembra ter feito (ou ainda faz) parte da sua vida?
Lá em casa sempre teve o bombril na antena e churrasqueira de tijolo no chão.
Ó PRA LI! 👁
Uhhhh que belezinha me parece esse app de desenho que simula efeitos em papel. Se alguém for testar, me avise! :)
E esse telhado de palha?
A moça transformou a tampinha do interruptor e elevou o nível!
Continuo achando genial esse negócio de dar som às coisas.
Amanhã, 10 de Julho, Barrão abre uma exposição muito legal no MON. Pra quem é de Curitiba e região, vale a visita.
— Gente, lembra que sempre que for um texto em inglês ou qualquer outra língua, dá pra mandar a página ser traduzida, viu!? E se for um vídeo no YouTube, basta ligar a legenda.
Acho que foi ano passado que eu precisei de um tripé e não tinha. Aí eu lembrei de Arthur Ashe (comece onde está, use o que tem, faça o que pode) e do Beakman (a ciência das coisas), e pensei: eu só preciso de criatividade e um pouco de ciência... é só colocar a cabeça pra funcionar.
Consegui fazer um "tripé" aéreo, sem pés, pra prender o celular, usando um varão de cortina e uma borrachinha de dinheiro. Tive que tirar foto disso. Pena que não dá pra subir a foto aqui.
Não é gambiarra, mas há mais ou mesmo um mês, fui catucar as 2 orquídeas capengas, secas e quase mortas aqui de casa, querendo vê-las floridas de novo (e elas floriram!!). Mês passado também, meu pai resgatou uma cadeira de madeira, com estofado gracinha na caçamba. Estava com um dos pés quebrados, chegou em casa podre de suja, mas limpamos com pano e o marceneiro fez a perna que faltava. Agora temos uma relíquia!